quinta-feira, outubro 19, 2006

O guardião do Barca Velha - A história do vinho


Uma reportagem da Jornalista Margarida Cardoso editado no último número do Jornal Expresso, e publicado de seguida na integra (repartida em alguns posts).

Nos 165 hectares de vinha da Quinta da Leda fazem-se vinhos para marcas topo de gama. O enólogo Soares Franco acredita que o desenvolvimento da vinificação vai permitir declarar com mais regularidade colheitas de Barca Velha.

Quando o pai viu o deserto de xisto da Quinta da Leda foi desanimador: “Aqui nem as ervas nascem, como é que vão fazer vinho?”. Mas Soares Franco não se deixou abalar, convicto de que “a videira para ter alta qualidade tem de estar em sofrimento, em stresse hídrico.

No Douro Superior, a dois quilómetros de Espanha, a média de pluviosidade ronda os 300 milímetros/ano. As raízes chegam a atingir 30 metros de profundidade, à procura da humidade que o xisto absorve. “Estamos no limiar do deserto e da sobrevivência”, afirma o enólogo da Sogrape. Estamos, também, “onde se faz o melhor Douro DOC”, garante. É aqui que agora nasce a base dos vinhos topo de gama da Casa Ferreirinha (Sogrape): os candidatos a Barca Velha, os Reserva, Colheita, Quinta da Leda, Callabriga, Vinha Grande e parte do Esteva, além dos vinhos para os lotes finais de Porto das categorias especiais como o Late Bottled Vintage, Reserva e Vintage.

Contínua.

Saudações Vinícolas

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