Correio da Manhã – As vendas da CARMIM cresceram 62 por cento de Janeiro a Setembro de 2006. Nessa percentagem de aumento, qual o peso das exportações?
José Canita – Uma das estratégias da CARMIM é a internacionalização. No Brasil, estávamos em São Paulo. Não tínhamos uma distribuidora brasileira que operasse noutras zonas importantes, como o Rio de Janeiro, o nor-deste brasileiro. Recentemente, assinámos um contrato com uma das maiores empresas de distribuição do Brasil. Essa empresa permite-nos estar em todos os estados do Brasil. Ou seja: através da CARMIM, o vinho do Alentejo está em todo o território do Brasil.
– Quais são as marcas em que a CARMIM aposta para conquistar o mercado brasileiro?
– Nesta fase, os vinhos são: ‘Terras del-Rei’; ‘Monsaraz’; ‘Reguengos DOC’; ‘Garrafeira dos Sócios’. No Rio de Janeiro, há restaurantes portugueses em que o ‘Garrafeira dos Sócios’ está presente e é quase obrigatório. Existem hotéis de cinco estrelas, no Brasil, que também têm o ‘Garrafeira dos Sócios’ e o ‘Monsaraz’. O mercado brasileiro está aberto ao consumo de vinhos bons.
– E nos Estados Unidos da América?
– Fizemos uma campanha publicitária na rádio, televisão e jornais norte-americanos. O aumento do consumo de vinho nos EUA deve-se a que o produto faz bem à saúde quando consumido moderadamente. Outro nosso mercado externo é o de Angola.
– Quantos sócios tem a CARMIM?
– Mil, dos quais 530 da secção vitivinícola. A nossa área de vinha são 3700 hectares, e não vamos aumentá-la. A CARMIM, que é uma empresa de inovação, tem o mercado dos vinhos, dos azeites, criou o mercado do enoturismo, a rede de ‘franchising’ das lojas Castas e Castiços e tem outros projectos.
Saudações Vinícolas
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